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2012 chegou, e agora?

Texto de Peterson Danda, retirado do blog Autoconhecimento&Liberdade

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“Na casa de meu Pai há muitas moradas; se não fosse assim, eu vo-lo teria dito. João 14:2

“A Terra está de todo quebrantada, ela totalmente se move com violência. A Terra cambaleia como um bêbado e balanceia como rede de dormir.” (Isaias,24: 19-21)

Muito tem se falado nos últimos anos sobre 2012, sobre todas as profecias de “final dos tempos” que rondam esse fatídico ano. Certamente você já ouviu falar em várias delas, porém, a mais famosa de todas, com certeza, é a profecia Maia. O próprio TdC já foi cenário de alguns posts sobre o assunto, e o Marcelo, inclusive, participou de uma edição do (sic) Programa Super Pop que falou sobre o assunto… Pois é.

Mas afinal de contas, o que devemos esperar sobre essas profecias, será mesmo que o mundo vai acabar?

Sinceramente? Eu acredito que não. Embora muitas das civilizações antigas possuam alguma referência de mudanças “catastróficas” que coincidem com os anos próximos a 2012, eu acredito que a coisa não vai ser bem por aí.

Segundo o hinduísmo, o mundo passará por 4 grandes etapas: Satya Yuga, Treta Yuga, Dwapara Yuga e Kali Yuga, sendo a última a qual estamos passando no momento. Kali Yuga também é conhecida como a “Era de Ferro”, a era do mergulho total nas ilusões da Matrix, a última etapa da germinação, onde se torna notável a separação do Joio e do Trigo, facilitando assim a “grande colheita”.

 Então você acredita em toda essa baboseira de final do mundo, Apocalipse e Diabo na Terra? Me poupe!

Eu não, nem de perto, mas eu duvido que você ainda não tenha notado as mudanças que o mundo vem sofrendo nos últimos tempos. Não estou me referindo àquele papo de poluição = aquecimento global (que eu também discordo, mas é assunto para outro post…), mas só uma mente tão mergulhada na ilusão de Maya não conseguiria notar as atrocidades que cada vez mais os seres humanos vêm cometendo. A cada dia que passa acompanhamos uma nova barbárie nunca antes imaginada sendo cometida por um “filho de Adão” (ou seria um Elemental encarnado? Hmmm…). Perdemos totalmente o respeito e consideração pela natureza, pelos animais e até mesmo pelos nossos semelhantes.

Isso sempre foi assim! A ignorância do ser humano sempre existiu e sempre existirá!

Concordo! Mas, além disso, quantas vezes você ouviu ultimamente a frase “como esse ano passou rápido!” ou “você já viu como os dias passam cada vez mais rápidos?”. O próprio tempo como conhecíamos não é mais o mesmo. Não é só o nosso ritmo de vida que está acelerado, nossa percepção de tempo também está alterada.

Além disso, a cada ano vemos grandes catástrofes da natureza acontecendo onde antes nunca tinha aparecido, ou você esqueceu que até os terremotos e tornados chegaram aqui no Brasil?

OK, não respeitamos mais os seres vivos e a natureza não nos quer mais por aqui, e agora?

Na verdade, eu acredito que nós somos os grandes responsáveis por tudo que vem acontecendo, e estamos trilhando o roteiro exato de Kali Yuga. Embora tenhamos acompanhado nos últimos anos a adesão em massa de seguidores a diversas religiões, a proliferação de templos e novos seguimentos destas religiões (principalmente as cristãs), estamos cada vez mais distante da verdadeira essência do religare. Perdemos o contato com nossa espiritualidade e, além de tudo, com o amor ao próximo e a nós mesmos, tão disseminados pelos Avatares dos últimos séculos.

A base da maioria das doutrinas espirituais (e das músicas dos anos 60) foi substituída pelo individualismo exacerbado e pela opção por doutrinas fast-food, que nos permitam focar nosso tempo no materialismo do “ter” e nos desobrigando da busca pelo nosso verdadeiro Eu.

Mas afinal de contas, tudo isso importa? Se o mundo vai acabar ou não, temos alguma escolha?

Claro que sim! Temos a escolha de fazer a diferença! Quando você deita no travesseiro a noite, sentiu que naquele dia você fez algo que possa transformar a vida de uma pessoa, ou até mesmo a sua? Foi respeitoso com seu colega de trabalho, com a sua esposa, com a sua mãe ou até mesmo com o seu bichinho de estimação? Despertou em alguém um sorriso sincero, uma palavra de agradecimento ou um sentimento de felicidade?

E se você morresse hoje, sua existência teria valido a pena? Deixaria algum legado na terra, além de bens materiais? As pessoas se lembrariam de você pelo impacto positivo que as causou?

Se a maioria das suas respostas para as perguntas anteriores foi não, talvez esteja na hora de rever suas atitudes. Heranças são temporárias. Nomes de grande destaque por conquistas materiais no máximo estamparão nome de ruas ou de um prédio chique… O que resta, de verdade, é a diferença e o impacto positivo que causamos uns aos outros. É a nossa essência que permanece servindo de exemplo aqui neste plano.

Torne a sua existência algo útil para seus semelhantes, para a humanidade e até mesmo para você mesmo.

“A ninguém devais coisa alguma, a não ser o amor com que vos ameis uns aos outros; porque quem ama aos outros cumpriu a Lei.” Romanos 13:8

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* Se quiser ler um pouco mais sobre Kali Yuga e 2012, recomendo a leitura dos textos abaixo:

– Resgate Coletivo 1 e 2 (Saindo da Matrix)

– Kali Yuga (Wikipédia)

– Matrix – Bem-vindo ao Deserto do Real (TdC)

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