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Não Invente Problemas

Texto de João Nunes Maia / Espírito Lancellin extraído do livro Cirurgia Moral

Inventar problemas é não querer partilhar da paz de Deus. Há criaturas que, mesmo sem os tais, começam a imaginar embaraços para a sua própria vida, a fim de atrair atenções de compaixão para a sua situação calamitosa, esquecendo-se de que compaixão sem ação não cura os males nascidos da ignorância.

De certa forma, és criador do teu próprio destino. Se deres abertura à tua imaginação em sentido contrário ao das leis espirituais, sofrerás as conseqüências dos teus atos impensados, e o remédio para esses males está na tua decisão de modificar o teu modo de ser.

Aquele que tem prazer de soltar a imaginação em busca de fantasias perigosas, verá que tais fantasias poderão materializar-se como inimigos terríveis, exigindo do seu criador promessas feitas pelos sentimentos.

Procura limpar da tua mente a ideação negativa, estuda as tuas fraquezas em relação às tuas idéias e extirpa imediatamente esses tumores mentais, para que eles não passem para o físico, transmutando-se em enfermidades de difícil restauração.

Tu és o que pensas ser e se já trabalhaste muitos anos criando situações perturbadoras para a tua casa mental, é necessário que passes a fazer o contrário. Certamente levarás algum tempo nesta operação-limpeza, mas se não esmoreceres conseguirás, mesmo que a rejeição for atuante em todos os teus caminhos. Sê perseverante, orando e vigiando em todos os momentos em que for preciso, no sentido de que tenhas em tuas mãos os frutos dos teus esforços.

Quem não inventa problemas, deve se posicionar como livre das investidas dos mesmos. Entretanto, não basta somente deixar de imaginar coisas negativas. É indispensável criar dentro, e em torno de nós, condições de viver a positividade da vida. Se por força do passado, o carma te cobrar o que fizeste em outra encarnação, nas linhas da justiça, não te revoltes contra a lei. Cede às evidências e respeita o programa evolutivo através de teu proceder, como aquele que ama até a própria dor, estudando e entendendo as lições, que o peso da cruz será aliviado, de modo a estranhares a melhora e sentires a bondade de Deus em teus caminhos.

A obediência é força imensa a nos ajudar em todos os nossos transes difíceis.

A tua imaginação deve ser aproveitada para a tua felicidade.

Os pensamentos se movem gastando energias divinas, existentes em abundância no grande suprimento. Entrementes, responderás pela tua cota se gastares, em desacordo com as diretrizes da lei.

Se todas as manhãs, ao acordares, a melancolia estiver aflorada em tua mente, com tendência a passar para a tua palavra, luta com ela também, todos os dias, e expulsa-a do teu convívio, pois este estado negativo poderá transformar-se em variadas modalidades de sofrimentos, capazes de levar-te ao desespero. És um soldado e a tua mente, um campo de batalha. Tu deves ser o vencedor!

Não estranhes os contrários. Eles sempre aparecem ante aqueles que desejam estabelecer harmonia no mundo interno e saúde nos corpos. Evita criar problemas e estarás edificando a tua própria felicidade. Quando junto aos companheiros, não facilites ambiente propício ao surgimento de problemas, pois mãos invisíveis estarão te ajudando neste abençoado labor de espargir luzes, por onde os teus passos deixarem as marcas do bem.

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João Nunes Maia (1923 – 1991), filho de Joaquim da Silva Maia e de Maria Nunes Maia, teve a sua mediunidade desperta desde cedo. Tinha psicografia, psicofonia, clarividência e o desdobramento. Psicografou mais de 400 obras.

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