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Questão de arquetipos! parte 1

Imaginem uma situação: dois estranhos brigando na rua.

  • Passando um filho de Ogum, ou ele passa direto e nem olha, ou já vai se meter na briga.
  • Um filho de Xangô para, fica olhando, e já começa a reclamar: “Coitado do baixinho! Por que será esta briga? Acho que aquele alto não tem razão. E pior, nem sabe brigar. É um fraco. E fica questionando.
  • Um filho de Oxóssi para, senta no chão e, rindo, fica assistindo e se deleitando com a briga.
  • Uma filha de Yemanjá chamaria os dois, colocaria suas cabeças em seu colo e os acalmaria recomendando paz.
  • Um filho de Oxalá iniciaria um discurso e resolveria no argumento.
  • Uma filha de Iansã já reclamaria e chamaria a polícia.

Alguém perguntou:

E uma filha de Oxum, que faria?

Nada, e nem poderia. Os dois estavam brigando por causa dela…

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Um assunto que muito interessa não só aos umbandistas mas à maioria das pessoas em geral é a questão arquetipal.  Quem nunca se interessou em ler as características ditadas pelo seu signo?

Tanto na Umbanda quanto no Candomblé, todos os textos que descrevem os Orixás, ou suas energias, sempre culminam descrevendo o arquétipo dos filhos deste Orixá.  E este conhecimento é muito importante pois pode ser considerado como um primeiro passo em busca do auto-conhecimento.  Nos ajuda, ou melhor, nos convida a darmos uma olhada para dentro de nós mesmos e observarmos características que não havíamos percebido, ou pelo menos desconfiávamos.  O caminho para o auto-conhecimento é bem longo, não se trata de tarefa simples e, de alguma forma, todos somos convidados alguma vez na vida a começarmos esta jornada, nem que seja lendo um horóscopo no jornal.  Infelizmente a maioria das pessoas declina do convite.

E porque é importante o auto-conhecimento?

O auto-conhecimento nos leva a uma profunda viagem ao nosso interior, fazendo nos compreender por que reagimos a uma determinada situação, tornando-nos capazes de fazer uma escolha mais consciente, e que conseqüentemente nos levará à uma satisfação e sentido de vida cada vez mais significativo.

Voltando à questão dos arquétipos que descrevem certas características dos filhos de cada Orixá, devemos lembrar que na Umbanda, herdamos essas informações do culto aos Orixás no Candomblé, que por sua vez, tem suas origens na África.  A partir daí, podemos enriquecer ainda mais essas informações ao considerarmos que os cultos antigos africanos tiveram origem nas mesmas fontes que o culto judaico (e posteriormente Cristão e Católico).  E vamos verificar que, a partir da correlação entre os Orixás e as Sephirots da Árvore da Vida, não só as informações conferem, como ampliam ainda mais as qualidades arquetipais de cada um de nós e, por conseqüência, o convite.

A Árvore da Vida

Eis a Cabala judaica, utilizada também pelos cristãos a partir do Renascimento.

“Kabbalah” significa literalmente “Tradição”, e se refere tanto ao legado da doutrina que foi revelada aos antigos patriarcas e profetas do povo judeu, como à recepção e vivificação dessa doutrina que provém –como todo Ensino verdadeiro– da Grande Tradição Unânime.

Basta-nos por agora saber que para as nossas associações trabalharemos especialmente com o símbolo da Árvore da Vida Sefirótica, apresentada na figura à esquerda com o nome de cada uma das sefiroth ou “numerações”, ou seja, dos dez círculos (esferas no volumétrico) ou “cifras” que a compõem.  A direita, a correlação com os Orixás.

Este diagrama é um mapa do Cosmo, um modelo do universo, e é válido tanto para o homem como para a criação inteira.

Os centros e correntes de energia que conformam este diagrama estão em relação com os números e as letras sagradas, a Astrologia, a Alquimia (ou Arte das transmutações), as lâminas do jogo do Tarô, a simbólica da música e da geometria, manifestações todas da construção harmônica da mansão interna.

Este modelo é, pois, um mandala, um jogo de símbolos, um intermediário sintético entre nós e o desconhecido, através de uma série de espíritos, ou deidades, que se articulam balizando um caminho mágico evolutivo, que todos os povos do mundo conheceram, que constituía o fundamento de sua cultura, e ao que guardavam como seu mais apreciado segredo.

Esta Árvore constitui uma unidade indissolúvel e indivisível, e todas suas partes são aspectos inseparáveis dessa unidade.

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Começamos por Obaluaê, Yemanjá, Exú e Oxum

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Obaluaê

Características dos filhos de OBALUAÊ – Umbanda e Candomblé

Santuário Nacional da Umbanda
Santuário Nacional da Umbanda

Os filhos de Obaluaê são pessoas incapazes de se sentirem satisfeitas quando a vida corre tranqüila para elas. Podem até atingir situações materiais e rejeitar, um belo dia, todas essas vantagens por causa de certos escrúpulos imaginários. São pessoas que, em certos casos, se sentem capazes de se consagrar ao bem-estar dos outros, fazendo completa abstração de seus próprios interesses e necessidades vitais.

No Candomblé, como na Umbanda, tal interpretação pode ser demais restritiva. A marca mais forte de Omolu-Obaluaê não é a exibição de seu sofrimento, mas o convívio com ele. Ele se manifesta numa tendência autopunitiva muito forte, que tanto pode revelar-se como uma grande capacidade de somação de problemas psicológicos (isto é, a transformação de traumas emocionais em doenças físicas reais), como numa elaboração de rígidos conceitos morais que afastam seus filhos-de-santo do cotidiano, das outras pessoas em geral e principalmente os prazeres. Sua insatisfação básica, portanto, não se reservaria contra a vida, mas sim contra si próprio, uma vez que ele foi estigmatizado pela marca da doença, já em si uma punição.

Em outra forma de extravasar seu arquétipo, um filho do Orixá , menos negativista, pode apegar-se ao mundo material de forma sôfrega, como se todos estivessem perigosamente contra ele, como se todas as riquezas lhe fossem negadas, gerando um comportamento obsessivo em torno da necessidade de enriquecer e ascender socialmente.

Mesmo assim, um certo toque do recolhimento e da autopunição de Omolu-Obaluaê serão visíveis em seus casamentos: não raro se apaixonam por figuras extrovertidas e sensuais (como a indomável Iansã, a envolvente Oxum, o atirado Ogum) que ocupam naturalmente o centro do palco, reservando ao cônjuge de Omolu-Obaluaê um papel mais discreto. Gostam de ver seu amado brilhar, mas o invejam, e ficam vivendo com muita insegurança, pois julgam o outro, fonte de paixão e interesse de todos.

Assim como Ossâim, as pessoas desse tipo são basicamente solitárias. Mesmo tendo um grande círculo de amizades, freqüentando o mundo social, seu comportamento seria superficialmente aberto e intimamente fechado, mantendo um relacionamento superficial com o mundo e guardando sua intimidade ara si própria. Não raro são pessoas que julgam. Ter características detestáveis, que vivem criticando, motivo de vergonha. O filho do Orixá oculta sua individualidade com uma máscara de austeridade, mantendo até uma aura de respeito e de imposição, de certo medo aos outros. Pela experiência inerente a um Orixá velho, são pessoas irônicas. Seus comentários porém não são prolixos e superficiais, mas secos e diretos, o que colabora para a imagem de terrível que forma de si próprio.

Um último, mas importante detalhe; em diversas de suas lendas, o Orixá da varíola é apresentado como uma divindade que perdeu uma perna. Isso se refletiria em seus filhos como um defeito congênito em uma das pernas ou a tendência a sofrer, durante sua vida, por um problema de relativa gravidade em seus membros inferiores, a partir de quedas ou desastres que podem ou não ser curados e ultrapassados.

A Correspondência sefirática de Obaluaê é Malkuth.

Malkuth

Malkuth é a manifestação final das forças da Árvore da Vida, o último estágio da energia onde ela se solidifica. Porém, Malkuth não é formada apenas pela matéria, mas também seu aspecto psíquico e sutil.  Em Malkuth aprende-se a lidar com a matéria e perceber sua real influência e poder.

  • Título: Malkuth, o Reino
  • Planeta: Terra
  • Chakra: Mulhadhara
  • Virtude: Segurança e paciência
  • Vício: Avareza
  • No Reino Animal: (animal imaginário dos 4 elementos) a Esfinge
  • No Reino Mineral: Cristal de Rocha
  • No Reino Vegetal: Papoula, Patchouli e Hortelã
  • Corpos: Corpo físico
  • Parte do Corpo Físico: Pés e períneo

Arcanos do Tarot: Os quatro Dez

Dez de Bastões:

Representa a vontade enérgica e esclarecida do Homem, que poderá manifestar, com persistência e independência, as experiência que acumulou no plano material.

  • Mental: Inspiração com relação ao domínio que pode ser alcançado no plano psíquico.
  • Anímico: Sentimentos familiares elevados. Fundação de uma linhagem, com bases sólidas.
  • Físico: Prosperidade nos negócios e empreendimentos. Saúde equilibrada.

Dez de Taças:

Representa o homem que, tendo completado seu trabalho, volta-se pra a oração e pede a ajuda divina para seguir com sucesso o novo caminho de sua evolução.

  • Mental: Êxito no pensamento. Julgamento equilibrado.
  • Anímico: Amor equilibrado, sadio. União que se completa em todos os planos.
  • Físico: Sucesso num empreendimento. Continuidade nos negócios. No caso de um projeto, desfecho. Saúde magnífica.
  • (–): Demoras.

Dez de Espadas:

Representa o senso anímico do homem que, quando iluminado pelo equilíbrio harmonioso de suas experiências, pode agir com conhecimento de causa e consegue realizar à sua volta envolvimentos afetivos, que cuidam e protegem suas criações.

  • Mental: Julgamento eqüitativo, humanitário.
  • Anímico: Satisfação e acordo místico, principalmente sentimento, num amor depurado. Afeição muito elevada.
  • Físico: Atitude feliz diante dos acontecimento, através de autodomínio e de equilíbrio sentimental. Negócios ajudados providencialmente. Saúde que precisa mais de apoio nervoso do que físico; possibilidade de anemia.
  • (–): Desordem sentimental que falseia o julgamento.

Dez de Moedas:

Simboliza a totalização harmoniosa que permite ao homem penetrar no fundo de algumas coisas e organizá-las para o bem de outras.

  • Mental: Espírito universal, sábio, conhecedor dos princípios da matéria.
  • Anímico: Brilho, amor pelas grandes causas, apoteose.
  • Físico: Saúde, beleza, harmonia física. Empreendimentos que envolve discussões especiais, em laboratórios, centros de estudo. Ponto de vista coletivo e não individual.


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Yemanjá

Características dos filhos de Yemanjá – Umbanda e Candomblé

Yemanja
Santuário Nacional da Umbanda

São imponentes, majestosos e belos, calmos, sensuais, fecundos, cheios de dignidade e dotados de irresistível fascínio (o canto da sereia), são voluntariosos, fortes, rigorosos, protetores, altivos e, algumas vezes, impetuosos e arrogantes. Têm o sentido de hierarquia, fazem-se respeitar e são justos mas formais; põem à prova as amizades que lhes são devotadas, não perdoam uma ofensa com facilidade e, se a perdoam, jamais a esquecem. Preocupam-se com os outros, são maternais e sérios. Sem possuírem a vaidade de Oxum, gostam do luxo, dos tecidos azuis e vistosos, das jóias caras. Eles têm tendência para uma vida sumptuosa, mesmo se as possibilidades do quotidiano não lhes permitem um tal fausto.

As filhas de Yemanjá são boas donas de casa, educadoras pródigas e generosas, criando até os filhos de outros (Omulú). São possessivas e muito ciumentas. São pessoas muito voluntariosas e que tomam os problemas dos outros como se fossem seus. São pessoas fortes, rigorosas e decididas. Gostam de viver em ambientes confortáveis com certo luxo e requinte. São incapazes de guardar um segredo. Costumam exagerar nas suas verdades (para não dizer que mentem) e fazem uso de chantagens emocionais e afectivas. São pessoas que dão grande importância aos seus filhos, mantendo com eles os conceitos de respeito e hierarquia sempre muito claros.

Nas grandes famílias, há sempre um filho de Iemanjá, pronto a envolver-se com os problemas de todos, e gosta tanto disso que pode revelar-se um excelente psicólogo. Fisicamente, os filhos de Iemanjá tendem à obesidade, ou a uma certa desarmonia no corpo. São extrovertidos e sabem sempre tudo (mesmo que não saibam).

 A Correspondência sefirática de Yemanjá é Yesod

 Yesod

Yesod é o depósito de imagens do inconsciente humano ou plano astral ou luz astral. Como as águas do mar refletem a luz do sol, ela reflete (filtra) a imagem de Tiferet. A “refração” mística ilude. Belas ou terríveis as figuras do inconsciente tanto auxiliam quanto ludibriam. Quase sempre não são claras, principalmente nos sonhos, porém por trás, reside a verdade. A ato reflexivo é presente em Malkuth, pois tudo que existe na sephirah da terra é construido antes na do ar (segundo os chineses, o símbolo vem antes do objeto).

Yesod é a “Fundação”. Representada pelos órgãos sexuais humanos, esta sephirah carrega a força sexual, a libido, o impulso instintivo gerador da vida.

Seu planeta é a Lua, astro símbolo do comportamento feminino. Inconstante, misterioso, belo. Rege as marés, sendo as águas o caminho para o autodescobrimento.

  • Título: Yesod, Fundação
  • Planeta: Lua
  • Chakra: Svadhisthana
  • Virtude: Independência
  • Vício: Inatividade, ócio
  • No Reino Animal: Lebre, Elefante, Tartaruga
  • No Reino Mineral: a Prata (Metal) e a Pérola (Pedra)
  • No Reino Vegetal: Jasmim, Lírio e Gingseng
  • Corpos: Corpo Astral ou campo das Emoções
  • Parte do Corpo Físico: Aparelho genital masculino e feminino

Arcanos do Tarot: Os quatro Noves

Nove de Bastões:

Simboliza o Homem que sabe aproveitar o equilíbrio que realizou em si próprio para controlar suas energias e tem condições de determinar o momento exato para tomar suas decisões.

  • Mental: Clareza de julgamento, inspiração no uso das energias.
  • Anímico: Sentimentos humanitários, cavalheirescos. Devotamento e proteção física.
  • Físico: Invenções, negócios criativos. Liderança estimuladora e inovadora. Ótima saúde, harmoniosa.

Nove de Taças:

Simboliza relações de alma harmoniosa do homem com o Mundo.

  • Mental: Clareza de julgamento, pois o espírito se reveste de uma inteligência baseado no conhecimento.
  • Anímico: Aplicações na coletividade, obras altruísticas, em grupos e congregações, e não individualmente.
  • Físico: Negócios em franco progresso, equilibrados em todos os aspectos. Saúde boa, cura de doença, temperamento resistente e dotado de grande força nervosa.
  • (–): Desordem ou confusão; persistência no erro.

Nove de Espadas:

Representa a necessidade do homem realizar um trabalho perseverante para se livrar daquilo que significaria uma estabilidade enganosa, que paralisaria sua evolução.

  • Mental: Atividade mental, clareza, inspiração em todos os assuntos de ordem intelectual.
  • Anímico: Estado afetivo, amor iluminado pela inteligência; forte, não pelo lado material, mas por sua profundidade.
  • Físico: Negócios brilhantes, conduzidos com uma habilidade que leva ao sucesso.
  • (–): Falso julgamento. Pretensão de saber julgar.

Nove de Moedas:

Representa o trabalho amplo, altruísta e equilibrado do homem com a finalidade de sua união com o mundo.

  • Mental: Conhecimentos vastos, aprofundados. Inteligência que se abre a concepções amplas, à filosofia, aos ensinamentos.
  • Anímico: Sentimentos ricos, elevados. Também amores à primeira vista, intensos. Brilho.
  • Físico: Empreendimentos que terão êxito e lucro assegurado. Saúde que favorece a atividade, vivacidade.
  • (–): Ligeiro desânimo.

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Exú

Características dos filhos de Exú – Umbanda e Candomblé

Os filhos de Exú possuem um caráter ambivalente, ora são pessoas inteligentes e compreensivas com os problemas dos outros, ora são bravas, intrigantes e ficam muito contrariadas. As pessoas de Exú não têm paradeiro, gostam de viagens, de andar na rua, de passear, de jogos e bebidas.  Quase sempre estão envolvidas em intrigas e confusões. Guardam rancor com facilidade e não aceitam ser vencidas. Por isso para ter-se um amigo ou filho de Exú é preciso que se tenha muito jeito e compreensão ao tratar-se com ele.

A Correspondência sefirática de Exú é Hod

Hod

Hod se situa abaixo de Geburah. É o esplendor. É um canal de aprimoramento interno, de identificação com próximo, sendo uma forma de aceitação do pensamento, de reconhecimento. Hod representa a Razão pura, o intelecto, os símbolos, sinais e códigos abstratos pelos quais nós somos capazes de entender a Realidade concreta.

  • Título: Hod, Glória
  • Planeta: Mercúrio
  • Chakra: Manipura
  • Virtude: Veracidade
  • Vício: Falsidade. Desonestidade
  • No Reino Animal: O Veado
  • No Reino Mineral: Mercúrio (Metal) e o Topázio (gema)
  • No Reino Vegetal: O Estoraque, a Alfazema e o Zimbro e os Cítricos
  • Corpos: Corpo Mental Inferior
  • Parte do Corpo Físico: Lado direito da bacia

Arcanos do Tarot: Os quatro Oitos

Oito de Bastões:

Indica boas condições, fruto de um equilíbrio geral, que prometem êxito ao homem quee souber vencer as resistências da acomodação e colocar suas energias em ação.

  • Mental: Abatimento, muita passividade a ser vencida.
  • Anímico: Maus modos e apatia a ser combatida. Lentidão emocional.
  • Físico: Negócios em desordem, mas que podem ser reorganizado. Excesso de guardados e de estoques. Saúde apática e desordens glandulares que uma dieta rigorosa pode corrigir.

Oito de Taças:

Representa uma clarividência decorrente de um julgamento equilibrado e seguro que, no entanto, o homem só consegue utilizar quando é estimulado a abandonar sua passividade.

  • Mental: Fixação nos pensamentos e idéias obsessivas.
  • Anímico: Afeição de dois seres que não se libertam de si mesmos.
  • Físico: Negócios estáveis, que vão bem, mas precisam evoluir. Saúde: estado doentio que persistirá se não forem tomadas providências.

Oito de Espadas:

Esforço de libertação do homem através de uma evolução interior, resultante de suas atividades mentais, como uma recompensa dada pelo destino.

  • Mental: Elevação de espírito, compreensão do esforço espiritual, do impulso místico.
  • Anímico: Desinteresse, amor dirigido às massas, apostolado.
  • Físico: Estabilidade na ação, melhores resultados mais de ordem espiritual que material
  • (–): Estagnação devido a uma posição alcançada, que deverá ser rompida para estender-se em outras direções.

Oito de Moedas:

Simboliza a compreensão do homem que, ao comparar o que está no Alto com o que está embaixo, atua do conhecido para o desconhecido, recebendo à medida que dá.

  • Mental: Necessidade de um esforço exatamente proporcional ao que se deseja obter. As coisas não acontecem por si mesmas: é preciso de esforços para obter um resultado.
  • Anímico: Proporciona segurança, mais na amizade do que no amor. Não é um arcano sentimental.
  • Físico: Trocas proporcionais. Empreendimentos bem encaminhados, principalmente do ponto de vista comercial.
  • (–): Perturbações no andamento dos projetos.

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OXUM

Características dos filhos de Oxum – Umbanda e Candomblé

Santuário Nacional da Umbanda
Santuário Nacional da Umbanda

Dão muito valor à opinião pública, fazem qualquer coisa para não chocá-la, preferindo contornar as suas diferenças com habilidade e diplomacia. São obstinadas na procura dos seus objetivos.

Oxum é o arquétipo daqueles que agem com estratégia, que jamais esquecem as suas finalidades; atrás da sua imagem doce esconde-se uma forte determinação e um grande desejo de ascensão social.

Têm uma certa tendência para engordar, a imagem do gordinho risonho e bem-humorado combina com eles. Gostam de festas, vida social e de outros prazeres que a vida lhes possa oferecer. Tendem a uma vida sexual intensa, mas com muita discrição, pois detestam escândalos.

Não se desesperam por paixões impossíveis, por mais que gostem de uma pessoa, o seu amor-próprio é muito maior. Eles são narcisistas demais para gostar muito de alguém.

Graça, vaidade, elegância, uma certa preguiça, charme e beleza definem os filhos de Oxum, que gostam de jóias, perfumes, roupas vistosas e de tudo que é bom e caro.

O lado espiritual dos filhos de Oxum é bastante aguçado. Talvez por isso, algumas das maiores Yalorixás da história do Candomblé, tenham sido ou sejam de Oxum.

A Correspondência sefirática de Oxum é Netsah

Netsah

Netsah se situa abaixo de Chesed. É a vitória. Existe a vontade de reciprocidade, a busca pelo próximo e a superação dos próprios limites, propagando o pensamento eterno. Funciona como o princípio fertilizador do espermatozóide masculino.

Da mesma forma que Hod significa o mental e a forma que se dá ao plano intelectual, Netzach representa os instintos e as emoções. Esta sephira trata do plano emocional e instintivo. Em Netzach tudo é mais “percebido” do que intelectualizado. Mas as atividades de Netzach não podem ser separadas de Hod. As duas sephiroth formam um par funcional. Poderíamos dizer que os dois verbos mais adequados para as duas sephiroth seriam: pensar (Hod) e sentir (Netsah).

  • Título: Netsah, Vitória
  • Planeta: Vênus
  • Chakra: Manipura
  • Virtude: Desprendimento
  • Vicio: Impudor. Luxúria
  • No Reino Animal: Touro
  • No Reino Mineral: Platina (Metal), brilhante, turmalina e esmeralda
  • No Reino Vegetal: Benjoim, rosa e sândalo
  • Corpos: Inteligência oculta
  • Parte do Corpo Físico: Rins e quadris

Arcanos do Tarot: Os quatro Setes

Sete de Bastões:

Representa a possibilidade de sucesso para o Homem através do esforço e do trabalho ativo e contínuo.

  • Mental: Determinação. Poder de decisão em qualquer assunto.
  • Anímico: Grande irradiação, efeito mais em extensão do que em profundidade. Sentimentos expansivos. Facilidade para falar, realizar pregações, fazer animações.
  • Físico: Negócios em plena atividade e rendimentos, provocando muita movimentação. Saúde excelente, atividades em excesso.
  • (–): Excesso de trabalho.

Sete de Taças:

Simboliza o desejo de expansão do homem, a compreensão e a realização que são conseqüências desse desejo.

  • Mental: Idéias criativas. Educação e revelação tanto para os outros como para si mesmo.
  • Anímico: Amor protetor, animador e impessoal: amor pela pátria, desejo de heroísmo.
  • Físico: negócios administrados com raciocínio claro. Decisões acertadas; o julgamento surge de maneira intuitiva e com segurança. Boa saúde. Harmonia corporal, boa circulação, flexibilidade, agilidade corporal.
  • (–): Mal estar.

Sete de Espadas:

Representa a prova a que o ser humano é obrigado a se submeter para tomar ciência de um saber sem o qual não conseguiria penetrar em seu sentido interior.

  • Mental: Compreensão das coisas, idéias claras, julgamento equilibrado.
  • Anímico: Harmonia, psiquismo, altruísmo, união, concordância de pontos de vista.
  • Físico: Encaminhamento harmonioso, bons resultados.
  • (–): Depressão, dúvidas, falta de inspiração, tentativas tímidas pra se libertar.

Sete de Moedas:

Indica o estímulo ao homem para a ação e as decisões que deve tomar a fim de modificar por si mesmo um estado instável.

  • Mental: Enorme atividade de espírito com facilidade de exposição e de organização.
  • Anímico: Brilho nos sentimentos, vibração incomum, que pode atingir as massas.
  • Físico: Empreendimentos de envergadura e grande atividade. Saúde rica por seu dinamismo interno.
  • (–): Lentidão, entorpecimento. Parada e até falência.

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Veja também:

Questão de Arquétipos! parte 2 Oxalá, Ogum, Oxóssi, Nanã

Questão de Arquétipos! parte 3 Xangô, Iansã, Ibeji, Olorum

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Consulta:

— A relação entre os Orixás e a Cabala: Os Orixás e a Kabbalah / Deldebbio

— Toda a parte cabalística: Wikipedia de Ocultismo

 

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